quinta-feira, maio 17, 2007

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E estranhamente, hoje, leio esta frase clichê em algum lugar insuspeito e ela me faz prensar os lábios um contra o outro:

A vida é curta.

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quarta-feira, maio 16, 2007

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É preciso, neste momento específico, por questão de delicadeza, avisar ao possível leitor que este abaixo é - e trata portanto de ser - com muito esmero e propriedade, um post consideravelmente bicha. Mas bicha no bom sentido né meu?

Ainda estou envergonhado de coisas que escrevi e publiquei na internet há alguns anos, nessa ferramenta neolítica do diabo chamada blog. Não tenho muita vergonha do que eu escrevia, tenho horror de como o fazia. Mas um comentário especial, num desses posts antigos, quase fez com que me orgulhasse dele. Uma mulher perguntava: "Onde você guarda seu racismo?". Sem dúvida, o possível leitor que chegou até aqui deve concordar, seria um motivo justo para sentir orgulho do referido, do supracitado, do mencionado post. "Publica essa merda aí, tru" você pode me escrever em tom bem imperativo. Eu publicaria se o encontrasse, minha senhora. O post sumiu. E então, dúvidas: se não consigo encontrar um post de blog, num Machintosh bonitão e organizado, como vou saber onde guardei o meu racismo? Radiografia é uma idéia.

Se eu tivesse alguma necessidade de reconhecimento, você sabe, enquanto blogueiro, estaria também preocupado com minha reputação nesse segmento de atividades não ou muito pouco lucrativas. A reputação, claro, é uma preta gorda e grande, bonitona, com vestido vermelho longo, cabelo black armadão, com os incisivos centrais bem separados, tomando Taffman-E numa festa de família. Agora vai, me chama de racista e bate na minha bunda. Se preferir, pode trocar o "racista" por "Matilde".

Uma boa maneira de matar um bom homem, ou um relacionamento, é servir Liebfraumilch. Essa frase anterior eu só coloquei pra dar assim uma quebrada.

Pois é Lamas, pois é.

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sábado, maio 12, 2007

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Ouvindo a novela - acho que da Record:

"- Rique!
- Zoé?"


***

"- Quer choramingar, vai para o banheiro, que é lugar de marmanjo se borrar! Estou ficando de saco cheio dos seus faniquitos e tremeliques!
(acalmando-se) - Tá bom... você tá certo... Tudo bem, e então? O que você queria falar comigo?
- Quero falar com você sobre o tal Carcamano."

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terça-feira, maio 08, 2007

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Sem sono, acabei de ler algumas coisas antigas que escrevi, da época do Emesmos (que deus o tenha). Sinto vergonha. Meus escritos transbordavam um humor irritante, brasileirístico e infantilóide, a tal de irreverência né?, metida a besta. Parece que vestia uma carapuça débil, como um ator ruim querendo brilhar em cena, vestido de cavalo. Eu, um ex Francisco Cuoco.

Ah, a juventude.

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sábado, maio 05, 2007

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Se Matthew Broderick estivesse aqui na sala comigo agora:

- Daí foi isso, Michael.
- Lamentável. Eu sinto muito. Só uma coisa, eu não sou Michael.
- An? Ah sim, desculpe. Michael é o cara do Godzilla.
- Não, eu sou o cara do Godzilla.
- E não tem vergonha?
- ...
- ...
- Tenho.
- O que aconteceu com seu Parkinson?
- Quê?
- O treme-treme, o tremelique, o vibrato. Não sabia que tinha cura.
- Ulisses, quem tem isso é o Michael.
- Que sorte a sua. Cara, a cadeia é barra pesada.
- Você foi preso?
- Claro que não.
- ...
- Tô só supondo, né mano?
- O Andy disse que vai dar uma passada aí, pra fumar um.
- Cacete. Qual Andy?
- Garcia.
- Cacete.
- Que foi?
- Ele vai trazer alguém?
- Sei lá.
- Ele sempre traz alguém. Da última vez foi aquela chata da Witherspoon.
- Tem razão. A mulher parece o capeta.
- Parece o Godzilla.
- Pára.
- Ok.
- Esse boné tá bem sujo.
- Tequila?
- Não, obrigado. Puta sujeira. Quer dizer, sim.
- Tequila?
- É.
- Então... tenho que lavar ele.
- Sabão neutro é bom.
- Hm.
- ...
- ...







- Esse programa é uma bosta.
- An?
- Acorda cara.
- An, ah, an... quê?
- O Andy vai passar aí.
- E daí? abre lá pra ele.
- Mas é sua casa.
- E?
- Ah, sei lá. Pega mal.
- Fazer Godzilla pega mal.
- Pára mano.
- Você tá assistindo a Galisteu? Ahaha.
- É esse o nome dessa droga?
- O nome é da mulher. Do programa eu não sei. Vâmo dá um rolê?
- Quê?
- Um peão, um camelo, vâmo aí?
- Mas o Andy tá vindo pra cá.
- E daí?
- Ah, mó mancada.
- É nada. Vâmo aí.
- Eu queria fazer o Andy.
- Quê?!
- Er, é... Tá meio frio.
- Que que você falou?!
- Antes?
- É.
- Ah, sei lá.
- Falou alguma coisa de fazer o Andy!
- Não, ha ha, não. É... eu falei que queria ter um duende.
- Quê?
- Duende, ué.
- Matthew, sua bicha.
- Pára, fala baixo.
- Cacete, como eu sou ingênuo. Achando que você era mó pegador e você só aí, passando o cheque.
- Ai credo.
- Mas o Andy sempre tá com algum dragão, como você vai resolver isso?
- É, pelo jeito vou sofrer vendo ele azedar no prato.
- Haha, vâmo aí.
- Mas não conta pra Juliette, por favor.
- Pode deixar, ela ia te aloprar. Apaga aí. Bora.
- Mas o Andy vai dar com a cara na porta? Tadinho.
- Matthew, controle-se.
- Me sinto melhor agora que você já sabe.
- ...
- ...
- Nem vem!
- Eu pensei...
- Não quero saber. Passa aí o cadeado.
- Okêi, okêei. Saco.

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terça-feira, maio 01, 2007

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Percebo agora que finalmente estou livre do emprego. Meu último dia de trabalho por lá foi sexta-feira, mas só agora entendo a maravilha que é isso. Ainda não sei direito o que fazer com esse tempo que devo ter nos próximos quinze ou vinte dias. Recuperar o condicionamento físico ganhando uns quatro quilos é um bom começo. Ir ao cinema, ler e dormir também passam pela cabeça. Muitas coisas me deixam feliz nesta análise superficial da situação, mas nada me deixa mais aliviado do que ter me livrado daquelas pessoas. Nem eram todos uns canalhas, mas aquele m.officer-lifestyle não dá. Sofria intimamente as consequências de estar estando recebendo um e-mail avisando que estáriamos estando utilizando um material diferenciado. Sem contar a feiúra. Além de feios o péssimo gosto para roupas e uso da voz, um horror - tá, essa última frase foi de diva, ok.

Parece que aconteceu ontem: o Michael Andretti interrompendo minhas descobertas em MarioWorld. E daí eu ia com meu irmão chutar uma bola velha no quital, até acabar a corrida. A gente tinha que dibrá a cachorra, o nome dela era Domênica, mas não sei se tinha mesmo o acento circunflexo.

Como é o nome de quando você quer ir para um lado e a vida não pára de abrir as portas do outro?

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