quarta-feira, dezembro 26, 2007

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Sinceramente não sei se sou e se sou como sou imaginado por vocês que vez ou outra aparecem aqui. Também não importa nada. Mas nada aqui importa muito. Eu só quero dizer uma coisa, mas olha só, presta um pouquinho de atenção que eu já vou chegar lá.

Eu sou um tipo bem característico de pessoa. Um tipo que nasceu pobre, se fudeu bastante numa nice, saiu de onde precisava sair rápido, e agora não tem problema financeiro de grande proporção, nem se mata de trabalhar tendo a resolver apenas assuntos ainda relativos ao seu passado obsoleto e pouco indicável. Tenho completa vocação para as artes, o que não significa em absoluto que tenho talento. Me meto a fazer qualquer coisa que dá vontade - o que é tanto divertido e interessante quanto estúpido. A sorte é que possuo alguma inteligência e senso cívico, mas não muito, então, pelo menos não vou preso ou coisa do tipo - porque todo mundo sabe que só é legal ser preso toda semana por roubar carros na Alemanha, onde você pode alegar que sempre os devolve.

Sou o tipo que tem roupas legais e caras, mas não tem guarda-roupas. Ando um pouco de chinelos e um pouco descalço pela casa então às vezes encontro chinelos no quintal ou parados em frente a geladeira. Tenho uma guitarra modesta mas gostosinha que toco todos os dias há algum tempo. Tenho feito músicas, como se ainda tivesse idade pra isso, como se pudesse fazer esse tipo de coisa. Não sou um cara popular, mas nunca tive problemas com isso ou com garotas. Não faço idéia do que as pessoas pensam de mim quando me vêem. A casa não costuma ficar muito limpa, mas hoje fui lavar louça e é aqui que chego ao ponto que importa e eu queria compartilhar antes de escrever assim muito porcamente, numa crise egobibazística, tanto sobre mim. É só que me vi lavando os vidros da louça com o lado verde da esponja famosa, a esponja Scotch. Parei um segundo, vi o lado amarelo e pensei que o mínimo que podia esperar de mim mesmo era ter usado aquele lado nos vidros.

O lado amarelo. Tá na hora de comprar um guarda-roupas.

Mas isso é tão chato, gente.

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3 Comentários

Blogger Ronald Silva Robson

Dizem que quem chegar aos 30 anos sem guarda-roupas será infeliz, ó.

2:05 AM  
Blogger ulisses

ai, obrigado pelo aviso. =]



gentê, o palavrão do post está escrito errado de propósito, ok? (antes que algum infeliz comente baixinho)

4:09 AM  
Blogger Edson Junior

eu tive um guarda-roupa desde criança até uns dois anos atrás, quando o derrubei a pontapés (doeu mais em mim que nele), porque o coitado já estava ao trancos.

12:47 PM  

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